Em um cenário de mudanças climáticas, causadas pelo chamado efeito estufa, as ações para o carbono neutro são fundamentais. Isso porque a emissão de dióxido de carbono (CO2) é um dos principais gases que contribuem para o aquecimento global.
Falar em neutralidade do carbono é falar em redução do impacto das ações humanas sobre o planeta. Em todo o mundo, mudanças são pensadas para atenuar a emissão de CO2 e, assim, evitar que a situação se torne ainda mais grave.
Eventos como a Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP), bem como outras resoluções de caráter internacional, alinham as metas para que todos os países possam reduzir e, a longo prazo, zerar a emissão de carbono.
Aqui no Brasil, a Lei Federal n° 12.187, de 29 de dezembro de 2009, que institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima – PNMC, tem como um de seus objetivos, expresso no Art. 4° inciso VIII, estimular o desenvolvimento do Mercado Brasileiro de Redução de Emissões – MBRE.
Ou seja, essas são ações importantes, que se tornam importantíssimas para indústrias de todos os setores. Neste texto, o Grupo Filtroil explica, com detalhes, a política de carbono neutro e a aplicação dessas medidas no mercado industrial — com atenção especial para o estado do Paraná.
A política de carbono neutro é simples, mas exige a compreensão de alguns aspectos importantes. Praticamente todas as atividades humanas geram emissão de carbono e outros gases: o uso de carros, a agricultura, a pecuária, a produção industrial e até mesmo a queima de carvão em um churrasco aumentam a presença de gases na atmosfera.
Por isso, é difícil evitar, de maneira total, o processo de emissão de gases que causam o efeito estufa. Porém, a política de carbono zero não se limita à não emissão. A ideia principal é que as atividades realizadas pelos seres humanos não aumentem a quantidade de gases presentes na atmosfera.
Assim, a principal estratégia é a compensação. Quando ocorre a emissão, é preciso que uma outra atividade possa compensar esse impacto. Isso é feito por meio da quantificação da emissão relacionada à sua atividade e, por conseguinte, a tomada de medidas para neutralizar esse efeito.
Por exemplo, um pecuarista poderá compensar os gases emitidos pelo gado com o plantio de árvores, que utilizam o CO2 presente na atmosfera para fazer a fotossíntese, gerando energia. Dessa forma, a sustentabilidade da atividade é garantida.
Para uma política de carbono neutro, uma das formas de compensação é a compra de créditos de carbono. Nesse caso, uma empresa ou organização pode desempenhar atividades que reduzam a emissão de gases na atmosfera. Uma ONG (organização não governamental) que faça o reflorestamento de áreas degradadas, por exemplo, pode vender esse crédito a uma indústria que emite poluentes.
Segundo o relatório produzido pelo Observatório do Clima, “Desde 2010, ano de regulamentação da PNMC (Política Nacional sobre Mudança do Clima), que estabeleceu a primeira meta doméstica de redução de emissões da história no Brasil, o país elevou em 28,2% a quantidade de gases de efeito estufa que despeja na atmosfera todos os anos”.
Ao analisar dados de 2019 do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), o relatório observou o crescimento das emissões, naquele ano, em relação à 2018: “A quantidade de gases de efeito estufa lançada na atmosfera pelo setor de mudança de uso da terra subiu 23% em 2019, atingindo 968 milhões de tCO2 e – contra 788 milhões em 2018”.
Nesse período, porém, houve uma pequena redução na emissão de gases pelo setor industrial, que pode ser explicada por uma desaceleração econômica, mas também pelas ações para o carbono zero.
Para exemplificar melhor essas ações, vamos falar do estado Paraná, que recentemente criou um Grupo de Trabalho para o desenvolvimento do marco regulatório de Mercado Estadual de Carbono Neutro.
Esse grupo deverá realizar, nos próximos meses, uma proposta de marco regulatório, a fim de definir como funcionará o mercado de crédito de carbono no estado. Com isso, as ações voltadas para a redução de emissão poderão ser estimuladas no Paraná, trazendo ganhos ambientais e financeiros.
Essa busca por uma conciliação entre os valores ambientais e o desenvolvimento industrial também é uma preocupação do Grupo Filtroil. Por isso, se você gostou deste conteúdo, convidamos vocês a conhecer mais sobre o nosso trabalho nas redes sociais. Estamos no Facebook, Instagram e LinkedIn!
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